Num clima de alegria e esperança provocado pela
ascensão ao pontificado petrino, do papa Francisco, iniciamos mais uma Semana
Santa com a entrada triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém. Aí começa uma
nova fase na história do povo de Israel, quando todos se voltam para a sena da
paixão, morte na cruz e ressurreição de Jesus Cristo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas
" (...) Lançando as capas sobre o
jumentinho, fizeram montar Jesus. Enquanto Jesus caminhava, o povo estendia as
suas capas no caminho. Estando já próximo da descida do monte das Oliveiras,
toda a multidão dos discípulos começou a louvar alegremente a Deus em alta voz
por todos os milagres que tinham visto, dizendo: «Bendito o Rei que vem em nome
do Senhor. Paz no Céu e glória nas alturas!». Alguns fariseus disseram a Jesus,
do meio da multidão: «Mestre, repreende os teus discípulos». Mas Jesus
respondeu: «Eu vos digo: se eles se calarem, clamarão as pedras»."
A Semana Santa deve ser um tempo de recolhimento,
de interiorização e de abertura do coração e da mente para o Deus da vida.
Significa fazer uma parada para reflexão e reconstrução espiritualidade,
essencial para o equilíbrio emocional e segurança no caminho natural da
história de vida, com mais objetividade e firmeza.
As dificuldades encontradas não são fracasso e
nem um caminho sem saída. Elas nos levam a firmar a esperança na luta por uma
vida sem obstáculos intransponíveis. Foi o que aconteceu com Cristo no trajeto
da paixão, culminando com a morte na cruz. Em todo esse caminho ele passou por
diversos atos de humilhação.
A estrada da cruz foi uma perfeita reveladora da
identidade de Jesus. Ele teve que enfrentar os atos de infidelidade e de
rebeldia do povo que estava sendo infiel ao projeto de Deus, inclusive sendo
crucificado entre os malfeitores. Jesus partilha da mesma sorte e dos mesmos
sofrimentos dos assassinos e ladrões de sua época.
Na Semana Santa devemos associar ao sofrimento de
Cristo o mesmo que acontece com tantas famílias e pessoas violentadas em nossos
tempos. Podemos dizer da violência armada, dos trágicos acidentes de trânsito,
das doenças que causam morte, do surto da dengue, dos vícios que ceifam muita
gente etc. Jesus foi açoitado, esbofeteado, teve a barba arrancada, foi
insultado e cuspido.
O detalhe principal é que nenhum sofrimento fez
Jesus desistir de sua missão e nem ter atitude de vingança. Ele deixou claro
que o perdão é mais forte do que a vingança. Devemos aprender com ele e olhar a
vida de forma positiva, sabendo que seu destino é projetado para a eternidade
em Deus.