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Conferência afirma importância da superação de interesses pessoais e partidários para o bem da nação
Foto: Ivan Simas
Na última entrevista coletiva da 54ª
Assembleia Geral da CNBB a Presidência da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) atendeu aos jornalistas presentes em Aparecida
(SP), nesta quinta-feira (14).
Foto de: Ivan Simas
Dom Sergio da Rocha, presidente da CNBB.
Na ocasião, o Arcebispo de Brasília (DF)
e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha destacou as principais
discussões apresentadas ao episcopado nos nove dias de assembleia.
Questões como a importância do laicato, a
comissão dos textos litúrgicos na tradução do missal romano, reflexões
sobre a conjuntura política do Brasil, os 60 anos da Cáritas Brasileira,
o estudo sobre o Dizimo, Jubileu dos 300 anos e entre muitos outros
assuntos estiverem na pauta dos bispos.
Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade
O bispo auxiliar de Brasília e
secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner falou do documento sobre o
laicato, que deve ser divulgado nos próximos dias pela conferência.
Sobre o tema central da assembleia, dom
Leonardo reafirmou o papel importante do leigo na Igreja. O secretário
geral apontou o engajamento em pastorais e movimentos da Igreja como uma
forma de contribuição do leigo.
“O documento quer trazer orientação e
dar pistas de como os leigos podem nos ajudar mais. Fala da importância
dos leigos na evangelização, da necessidade de uma Igreja evangelizadora
onde os leigos exercem um papel muito importante”, afirmou.
Momento nacional
Foto de: Ivan Simas
Dom Murilo Krieger, vice-presidente da CNBB.
O Arcebispo de Salvador (BA) e
vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger leu aos jornalistas a
declaração da CNBB sobre o momento nacional. Leia o documento na íntegra.
Entre os pontos citados no texto, dom
Murilo reforçou que a conferência “acompanha atentamente esse processo e
espera o correto procedimento das instâncias competentes, respeitado o
ordenamento jurídico do Estado democrático de direito. A crise atual
evidencia a necessidade de uma autêntica e profunda reforma política,
que assegure efetiva participação popular, favoreça a autonomia dos
Poderes da República, restaure a credibilidade das instituições,
assegure a governabilidade e garanta os direitos sociais”.
O vice-presidente da CNBB salientou que a
preocupação da conferência é de apontar caminhos, mostrando a direção
aos fiéis no diálogo e respeito ao outro. “O dialogo significa
colocar-se no lugar do outro. Na verdade o que todos queremos é que haja
paz e que a lei seja defendida e preservada”, salientou.
Respondendo aos jornalistas, dom Sergio
da Rocha explicou que a CNBB segue na linha adotada em pronunciamentos
anteriores de não manifestar uma posição de caráter político partidário.
“Insistimos em recordar que o caminho é o
da orientação, acompanhamento e respeito. Acreditamos no diálogo, na
sabedoria do povo brasileiro e no discernimento das lideranças na busca
de caminhos que garantam a superação da atual crise e a preservação da
paz em nosso país”, afirmou.
Foto de: Ivan Simas
Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB.
Ao final da coletiva de imprensa, dom
Leonardo retomou uma expressão apresentada na nota em que destacou a
importância da democracia e a superação de posições pessoais pelo bem no
Brasil.
“O bem da nação requer de todos a
superação de interesses pessoais, partidários e corporativistas. A
polarização de posições ideológicas, em clima fortemente emocional, gera
a perda de objetividade e pode levar a divisões e violências que
ameaçam a paz social”, destaca parágrafo da nota.
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